terça-feira, setembro 02, 2014

Mudança de site

Olá, pessoal.

Semana passada criei um site novo com a intenção de publicar materiais das minhas aulas e outras produções (inclusive softwares que estão por vir).

O novo endereço é just.pro.br - já me mudei pra lá!

As postagens antigas desse blog permanecerão aqui como referência. Postagens novas, apenas no site novo.

Até mais! :)


sábado, outubro 23, 2010

Novos registros no RG3.Net estão temporariamente desativados

Olá a todos.

Muito tempo sem escrever (quase um ano) e venho pra dar uma notícia que, para alguns, será ruim: o serviço de redirecionamento da RG3.Net não está aceitando novos cadastros, por enquanto.

O motivo dessa decisão: muitas pessoas usam nosso serviço para criar redirecionamentos para sites fraudulentos, com o intuito de roubar senhas de Orkut, MSN e até de contas bancárias. Todos os dias recebemos denúncias via e-mail e até mesmo por telefone, de usuários e às vezes, da polícia, solicitando que os redirecionamentos sejam removidos.

Isso trás desgastes para nós, que temos que, a todo momento, fiscalizar e bloquear contas, além do estresse de lidar com as solicitações da polícia e dos riscos legais envolvidos.

Poderíamos solicitar vários dados dos usuários na criação de uma nova conta, como endereço, CPF, etc. Porém, nossa idéia não era essa. A idéia era criar um serviço fácil de usar e com o mínimo de burocracia. Atualmente, basta o usuário informar um login e um e-mail para fazer o cadastro, mais nada. Além disso, existem diversos softwares geradores de CPF na web, ou seja, um usuário fraudulento ainda poderia se cadastrar usando o CPF de terceiros.

Portanto, estamos avaliando se é viável manter esse serviço funcionando. Sendo assim, novos cadastros não poderão ser feitos até decidirmos o que fazer.

Agradecemos a todos que nos acompanharam até agora. Não queremos deixá-los na mão, mas também precisamos estudar a viabilidade deste negócio.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Como achar a localização de um endereço IP

Bem, acho que isso não é difícil de achar na Internet, mas não custa nada informar.

Um tempo atrás, alguém perguntou na lista de discussão da FUG-BR como achar a localização de algum endereço IP no mundo. Surgiram duas sugestões:


Desses dois, gostei mais do http://ip-address.cc/, pois ele aponta a localização usando o Google Maps.

Procurei mais e encontrei também http://whatismyipaddress.com/. Esse também aponta a localização com o Google Maps e ainda detectou o proxy da minha rede e também tem uma ferramenta que informa se o endereço está listado em alguma Blacklist de servidores de e-mail. Adorei isso!

Se alguém conhecer mais sites ou aplicativos que possam dar informações sobre endereços IPs, podem sugerir através dos comentários.

Outra forma também de descobrir quem detém um endereço ou faixa de IPs é através de uma pesquisa de whois (use o comando "whois" em algum sistema Unix ou use a pesquisa do registro.br).

sábado, dezembro 05, 2009

Fucking Linux source code

@menelkir postou hoje no Twitter:

@IP_FIX @paulopow grep -iR fuck /usr/src/linux/* | wc -l


Já imaginei o que era. Executei o comando e o wc contou 36 "fuck"s no código inteiro. Dos 36, destaco abaixo os que achei mais engraçados:

arch/mips/kernel/irixelf.c: #if 0 /* XXX No fucking way dude... */
arch/mips/kernel/irixioctl.c: * irixioctl.c: A fucking mess...
Documentation/DocBook/kernel-locking.tmpl: If you don't see why, please stay the fuck away from my code.
drivers/net/sunhme.c: /* This card is _fucking_ hot... */
drivers/scsi/qlogicpti.h: /* Am I fucking pedantic or what? */
fs/binfmt_aout.c: /* Fuck me plenty... */
include/linux/netfilter/xt_limit.h: /* Ugly, ugly fucker. */
sound/oss/opl3.c: * What the fuck is going on here? We leave junk in the beginning

E o melhor de todos:

lib/vsprintf.c: * Wirzenius wrote this portably, Torvalds fucked it up :-)

Aliás, tem também uma coisa que não entendi, está no primeiro "fuck" da minha lista:

#if 0


O que o cara pretendia fazer com isso???

Ah, pra quem não conhece: meu Twitter.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Hoje recebi um e-mail de Abelardo Fraga, Diretor Comercial da AF Datalink, fabricante de cabos coaxiais. Ele comenta sobre o artigo O fim da paranóia, que eu escrevi em julho deste ano, falando sobre a não necessidade de usarmos stubs nos cabos coaxiais em redes Wi-Fi. Copio abaixo o e-mail de Abelardo:

"Prezado João Paulo Just

Recebi o seu artigo e achei bem interessante. Realmente usar stub não se faz necessário, e não recomendamos.

Na verdade o maior indíce de problemas que achamos em instalações e que geram problemas de transmissão do sinal são:

uso de conectores de baixa qualidade
montagem dos conectores não adequadas
danos no cabo

Claro que poderia falar de uso de cabos de baixa qualidade (mas prefiro omitir este comentário para não parcerer parcial ).

O fato é que gastamos muitos esforços na fabricação (controle do processo) dos cabos para termos um cabo com baixa perdade retorno, sem contar nos investimentos em equipamentos de controle do processo e de laboratório. A garantia da baixa perda de retorno no cabo , um manuseio adequado do cabo em campo e com uma boa conectorização são necessários e suficientes para ter uma boa transmissão de sinal.

Faço aqui o convite para conhecer a nossa fábrica qdo estiver por São Paulo."


Fica claro que não precisamos realmente usar stubs pra fazer casamento de impedância dos nossos sistemas. Uma boa conectorização e manuseio dos cabos são suficientes para tirarmos o máximo de proveito do nosso sistema, sem esquecer de usar materiais de boa qualidade, claro.

Obviamente, gambiarras só vão piorar a situação. Alguém aqui já viu stub em torres de operadoras de celular?

domingo, julho 26, 2009

Calcule o casamento da sua antena

Olá, pessoal.

Continuei trabalhando no assunto do post anterior, sobre stubs e casamento de impedâncias. Pra facilitar minha tarefa, fiz um programa em Java que calcula qual a porcentagem de potência do sinal emitido pelo rádio que chegará à sua antena, dadas as impedâncias complexas do cabo e da antena. O link para download está abaixo:

http://www.rg3.net/rf/impedancia.zip

O arquivo ZIP vem com o código-fonte do programa (quem quiser mexer no código, use o Eclipse). Pra rodar, basta ter o Java instalado e executar o arquivo Impedancia.jar

Pois bem, com esse programa, fiz uns testes. Um certo indivíduo andou dizendo que provedor de Internet não sabe instalar antena, que na maioria das vezes, quando um provedor instala uma antena, obtém apenas 30% de rendimento do sistema (ou seja, apenas 30% da energia emitida pelo rádio é irradiada pela antena). E que fazendo o stub, poderíamos conseguir subir esse nível pra 80%.

No texto do post anterior, mostrei através de cálculos que usando um cabo de 50 ohms e uma antena também de 50 ohms de dois fornecedores bem conhecidos, conseguiríamos 99% de rendimento (99% da energia do rádio seria irradiada pela antena). Em um post do Under-linux.org, essa mesma pessoa disse que isso era absurdo, que se os fabricantes tivessem feito a antena com aquele valor de impedância que usei, eles poderiam fazer antenas pra NASA, pois estaria muito perfeita (eu acredito no fabricante, pois pelo e-mail que recebi, me parece que eles mediram esse valor de impedância. Tem até um gráfico da Carta de Smith).

Então, decidi fazer mais cálculos. Suponha que estamos usando uma antena de exatos 50 ohms e um cabo de também exatos 75 ohms. Já é uma diferença muito grande, imagino que maior do que a diferença real entre um cabo e uma antena, ambos de 50 ohms. Usei o programinha que fiz pra medir quanta energia chegaria à antena e obtive o resultado abaixo:



De acordo com os cálculos, 96% de energia chegaria à antena. Ora, usando cabos e antenas de 50 ohms não seriam apenas uns 30%?? Como é que usando um cabo de 75 ohms e uma antena de 50 ohms conseguiríamos 96%?

Decidi continuar, e usei agora um cabo de 100 ohms e uma antena ainda de 50 ohms. Muito grande a diferença, não é? Será que um cabo comercial de 50 ohms e uma antena comercial também de 50 ohms chegariam a essa diferença tão monstruosa? Mesmo assim, vamos ver como ficaria?



Agora, 88,88% (praticamente 89%) da energia foi irradiada. Perdemos 12% de energia. E aquela história que antena de provedor de Internet só irradia 30% de energia? Será que uma instalação de provedor, usando os cabos de impedâncias corretas, é realmente pior que essa instalação usando cabos de 100 ohms e antenas de 50 ohms?

O que eu quero dizer mais uma vez, é que não precisamos nos aterrorizar com fábulas e charadas de um engenheiro marqueteiro, que só quer vender antenas. Também não estou dizendo que podemos usar qualquer cabo na instalação, claro que 12% de energia é uma perda a qual não podemos nos dar o luxo de perder, principalmente por causa do sinal que chega à antena, que é na casa dos decibéis negativos.

E pra ressaltar: não sou eu que estou inventando essas coisas, tudo isso aprendi em livros.

segunda-feira, julho 20, 2009

O fim da paranóia (pra que stubs?)

Em maio, fiz o curso de antenas do Eng. Gilvan Enriconi. Porém, não saí de lá 100 % satisfeito e ainda fiquei meio em dúvida sobre algumas coisas ali ensinadas.

Uma delas é o uso de stubs para casamento de impedâncias. Porém, os rádios Wi-Fi são de 50 ohms, as antenas também são de 50 ohms e sempre usamos cabos de 50 ohms para conectá-los. Então as impedâncias já estão casadas, certo? Porém, segundo Gilvan, os cabos e antenas não possuem as impedâncias exatamente em 50 ohms. Sendo assim, obtive as impedâncias complexas e exatas de cabos e antenas que eu uso através dos fabricantes e apliquei as fórmulas para cálculo de ROE.

Minha conclusão: não precisamos de stub, como Gilvan dizia em seus cursos.

No link abaixo, vocês poderão baixar um PDF com explicações completas e os cálculos que me levaram à esta conclusão.

http://www.rg3.net/rf/o_fim_da_paranoia.pdf