quarta-feira, outubro 29, 2008

O jornal Folha Online me decepcionou

Hoje li uma matéria no Folha Online - Informática que dizia sobre um aluno de 15 anos que foi processado após ter descoberto uma falha no sistema da escola e avisado ao diretor.

No último parágrafo da notícia, a Folha Online usa o termpo "piratas virtuais", enquanto que na notícia do site The Register, de onde eles provavelmente tiraram as informações, de acordo com o que diz o segundo parágrafo do texto da Folha Online, usou-se o termo "hacker" (para informar que os hackers criticaram a decisão de processar o jovem, já que ele não usou a falha pra prejudicar a escola e, ao invés disso, informou o problema ao diretor, que deveria apenas corrigir e agradecer o aviso).

Então, mandei a mensagem abaixo pro pessoal da Folha Online:

"Acho que não deveriam usar o termo 'piratas virtuais' no último parágrafo. Lendo a notícia original no The Register, eles dizem '...hackers have criticized...'. A mídia precisa entender que hacker não é vândalo nem pirata, esses últimos são chamados 'crackers'. Hackers são pessoas que estudam a fundo aquilo que gostam ou praticam ao ponto de fazer coisas que muitos possam achar politicamente incorreto. Por exemplo: um hacker pode criar um vírus com o intuito de aprender novas técnicas de programação, mas apenas o cracker disseminaria esse vírus com o intuito de prejudicar terceiros. Outro exemplo que achei bom, foi quando Richard Stallman disse que 'Gilberto Gil é um hacker da música'. Espero ter contribuído."

Fiz minha parte. Porém, minutos depois, recebi o seguinte e-mail da Folha Online:

"Prezado leitor, a Folha Online não utiliza o termo 'hackers'.

Esperamos contar sempre com sua leitura e participação

Atenciosamente,

Equipe Folha Online"


Fiquei decepcionado. Por que? Porque um jornal, formador de opinião, deveria usar os termos corretos. Dessa forma, os leitores acreditam que qualquer pessoa que descobre falhas em sistemas é um pirata virtual ou criminoso da informática. A mídia deveria usar os termos corretos, para que os hackers de verdade não fossem mais taxados de foras da lei.

Inclusive, pesquisando o termo "hacker" no próprio site do jornal, pude ver que eles usam sim a palavra "hacker". Vejam o resultado da pesquisa!

13 comentários:

Carlos José Pereira disse...

Mas o que esperar da mídia comprometida? A Folha faz parte do mesmo grupão: Estadão, O Globo, tvGlobo, etc...
São veículos de "informação" comprometidos, com anunciantes, com a elite (financeira/política) no poder, com as megacorporações...
Na cabeça deles, as pessoas só devem ter acesso ao que eles permitem... como assim, um hacker, alguém que quer descobrir como as coisas funcionam? Sem seguir as regras?? ABSURDO!! Vai que o hacker descobre as mumunhas por debaixo dos panos....
É melhor estragar a imagem do hacker, como alguém criminoso, assim fica a idéia impregnada na cabeça das pessoas.
Para os mais curiosos, isso se chama "ideologia", e é extensivamente tratado por alguns pensadores, como por exemplo Marx.
Recomendo a todos a leitura de mídias menos comprometidas (procurem na net): blog do paulo henrique amorim (conversa afiada), blog do mino (mino carta, editor da revista carta capital), a propria revista carta capital, e a revista caros amigos.
Leiam, meus amigos. E lembrem-se que a vida não é feita só de bits e bytes!
Grande abraço!
Carlão

Marcelo/Porks disse...

Eles devem ter respondido que não usam a palavra 'hacker' por ser uma palavra estrangeira (Bem, não sou nenhum estudioso de línguas, mas me parece uma palavra não_pt-BR)

Agora, quanto a reportagem... Parabéns para você por ter estomago/saco/paciência/vontade de tentar enfiar algo de útil na cabeça desses caras. Eu não me daria ao trabalho nem de terminar de ler a reportagem, quanto mais postar num blog ou mandar email para o jornal.

Não é querer ser elitista não, mas (generalizando) quando algo vira popular acontecem duas coisas:
1 - da lucro
2 - vira uma porcaria

E a maioria de escritores, fabricantes, produtores, comerciantes, 'marketeros', etc, etc, etc... Não estão nem ai se a coisa é boa, se é verdade ou se faz bem. Estão atrás de tornar popular para ter lucro, não importanto se isso vai tornar 'a coisa' uma bela porcaria.

E só fazem isso porque a maioria do público/consumidores gostam. Oras, se não gostassem, não comprariam.

Emanuela Sampaio disse...

Olá!
Parabéns pela postagem! Adorei seu posicionamento...vc fez sua parte! Fez o que achou certo! Isso é : não omissão...falta muitooooo atitudes assim!É muito + fácil ser um mero expectador da vida...

Obrigada pela visita ao blog!

Um abraço!

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